Texto
Áureo Ex. 25.8 – Leitura Bíblica Ex. 25.1-9
Prof.
Ev. José Roberto A. Barbosa
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@subsidioEBD
INTRODUÇÃO
A adoração deveria ser prioridade do povo de
Israel, na verdade, a partida do Egito tinha justamente esse objetivo (Ex.
10.8-11). Na aula de hoje estudaremos a respeito do lugar que Deus estabeleceu
para Sua adoração no deserto. Inicialmente, destacaremos o processo de construção
desse lugar, em seguida, atentaremos para a presença de Deus nesse lugar, e ao
final, para o propósito desse lugar. Destacamos, a princípio, que adorar não é
apenas uma obrigação, mas uma necessidade, para Deus nos criou, e não nos
realizamos nada mais, a não ser nEle.
1. A
CONSTRUÇÃO DO LUGAR
Fomos chamados para a adoração a Deus, essa
mensagem foi reforçada por Jesus, ao responder à mulher samaritana, destacando
que Deus busca adorador, que O adorem em espírito e em verdade (Jo. 4.23,24). A
adoração cristã não está limitada a um espaço físico específico, mas esse
também não pode ser descartado, afinal de contas, somos seres no tempo e no
espaço. O povo de Israel, no período de constituição da sua fé, precisou de um
lugar para adorar a Deus. Para tanto, Moisés, Arão, Nadabe e Abiú e os setenta
ancião subiram a um lugar mais alto, para se encontrarem com o Senhor (Ex.
24.9-11). Moisés e Josué precisaram subir um pouco mais, a fim de ouvirem as
instruções de Deus (Ex. 24.13,14). Finalmente, Moisés teve que subir mais ainda
para ver a glória do Senhor (Ex. 24.15-17), isso revela a necessidade de ir
mais acima, em direção aos lugares altos, para desfrutar das grandezas de Deus.
Atualmente dispomos de um vivo caminho, que nos foi consagrado por Jesus, na
cruz do calvário (Hb. 10.19-25). Os israelitas receberam, através de Moisés, e
providenciado por Deus, um projeto para a construção de um lugar para adoração.
Esse lugar foi o tabernáculo, uma espécie de templo móvel, que deveria ser
construído de acordo com as especificações dadas a Moisés, no monte (Ex.
25.40). A adoração a Deus, conforme nos Jesus nos ensinou, não pode ser realizada
de qualquer modo, mas em verdade, que é próprio Cristo, e em Espírito, considerando
que Deus é Espírito (Jo. 4.24). Para a construção do tabernáculo, Deus
providenciou o material, a partir das ofertas do povo, que superabundou (Ex.
36.6,7). O Senhor também capacitou os construtores pelo Espírito Santo, dando a
Bezalel e Aoliabe a sabedoria necessária para conduzir o trabalho. Ainda hoje
recebemos do Senhor os dons, espirituais (I Co. 12.1-13) e ministeriais (Ef.
4.11-16), para a edificação do Corpo de Cristo.
2. A
PRESENÇA DE DEUS NO LUGAR
No tabernáculo deveria ser colocado a arca da
aliança, uma peça de madeira que media em torno de um metro e quinze de
cumprimento, setenta centímetros de altura, e setenta centímetros de largura,
que deveria ficar no Santos dos santos (Ex. 25.10-22). Essa arca simbolizava a
presença de Deus naquele lugar, a shekinah. Essa arca apontava para Jesus, pois
era de madeira (a natureza humana) e revestida de ouro (a natureza divina). De
acordo com Hb. 9.4 havia, dentro da arca, as tábuas da lei (Ex. 25.16), um vaso
com maná (Ex. 16.32-34) e o bordão de Arão que floresceu (Nm. 16-17). Jesus é a
revelação de Deus, Cristo obedeceu à lei (Hb. 10.5-9), Ele mesmo é o Pão da
Vida (Jo. 6.32). Por meio dEle temos livre acesso à presença de Deus, pelo Seu
sangue derramado na cruz do calvário, pois Ele é nossa propiciação (Hb.
10.19-25). Naquele lugar havia também os pães da preposição, antecipando, como
já destacamos, que Cristo é o Pão da Vida (Jo. 6.26), acompanhado com incenso,
sugerindo uma oferta ao Senhor (Ex. 25.29). Havia também um candelabro, feito
de aproximadamente trinta e oito quilos de ouro batido, com seis hastes, acesas
com óleo, e que deveriam queimar continuamente (Ex. 27.20,21). O incenso também
representa a oração que sobe à presença de Deus, o fogo do candelabro a Palavra
de Deus (Sl. 119.105, 130). De fato, a oração e a palavra de Deus devem andar
juntas. Há pessoas que oram demais, mas leem pouco a Bíblia, outros, leem
demais, mas não oram. É preciso equilíbrio espiritual nesse sentido, para
evitar os extremos do fanatismo ou do intelectualismo. O óleo é símbolo do
Espírito Santo (Zc. 4.1-7), devemos depender dEle para a construção de um relacionamento
profícuo com Deus. Sem o poder do Espírito Santo não podemos nos aproximar de
Deus, e dar glória a Cristo, pois Ele é o Consolador (Jo. 16.14), que veio para
estar sempre conosco. É Aquele que nos capacita para testemunhar a respeito da
morte e ressurreição do Senhor Jesus (At. 1.8).
3. O
PROPÓSITO DO LUGAR
O tabernáculo não deveria ser apenas um espaço
adornado, deveria ter um sentido para ser criado. Muitos querem transformar as
construções eclesiásticas em um fim em si mesmo, distanciando-as do seu
intento, a oração e a ministração da palavra. Aquele deveria ser um lugar para
a oração, o incenso apontava para essa necessidade. Devemos lembrar que nossas
orações devem subir, como incenso, à presença de Deus (Sl. 141.2). Quando o
sacerdote queimava incenso, na Antiga Aliança, chamava o povo à oração
(Lc. 1.8-10). Os cristãos estão esquecendo-se
de orar, o pragmatismo moderno está distanciando muitos do altar. Mas
precisamos retornar à oração, adorando a Deus, confessando nossos pecados, em
ação de graças, fazendo petições e intercessões (I Tm. 2.1; Fp. 4.6), seguindo
os princípios orientados por Jesus (Mt. 6.5-15). O tabernáculo também era um lugar
de sacrifício, sangue de animais era derramado, para expiar o povo dos seus
pecados (Lv. 1.1-9). Nos dias atuais não precisamos mais derramar sangue de
animais, pois o sacrifício de Jesus foi perfeito, Ele se tornou o único caminho
para a salvação (Jo. 14.6) e em nenhum outro há salvação, senão nEle (At.
4.12). Como cristãos, devemos prestar a Deus um culto racional, e entragá-LO as
nossas vidas, em obediência a Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm.
12.1,2). O cristão não tem prazer em pecar, Ele se compraz na santidade, mas se
pecar tem um Advogado, perante o Pai, Jesus Cristo (I Jo. 1.5-2.2). Os
sacerdotes do Senhor, durante a ministração, passavam pelo ritual de
purificação, lavando os pés com a bacia de água. A água também é símbolo de
pureza na Bíblia (Sl. 51.1,2; Is. 1.16). Jesus é a Água da Vida (Jo. 4.14; 7.
37), que nos purifica, pela palavra (Jo. 15.3), a partir do novo nascimento
(Jo. 3.5). Mas temos também a responsabilidade de buscar a purificação,
deixando toda impureza, aperfeiçoando-nos em santidade (II Co. 7.1).
CONCLUSÃO
O povo de Israel dispunha de uma construção,
denominada Tabernáculo, para adorar a Deus. Os cristãos, no tempo presente, se
aproximam de Deus por Jesus Cristo, nEle encontramos o caminho para viver para o
Senhor (II Pe. 1.3). Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria
e do conhecimento de Deus (Cl. 2.9), nEle temos todas as bênçãos espirituais
(Ef. 1.3). A adoração cristã não está restrita a um lugar, muito menos ao
tempo, precisamos viver, a todo tempo, e em todo lugar, para a glória de Deus
(Rm. 14.6-8; I Co. 10.31; II Tm. 3.16), isso não descarta a existência de
espaços específicos, em templos e nas casas, para a adoração ao Senhor e a
comunhão entre irmãos e irmãs (At. 5.42).
BIBLIOGRAFIA
MOTYER,
J. A. The message of Exodus. Downer
Grove: IVP, 2005.
Fonte: Subsidio Ebd
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